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October 2010

Day-to-Day Tudo AV

[VINHETA] A Casa da Vida.

October 30, 2010

Quando o Murilo me explicou o conceito geral dessa vinheta, pensei que ia ser um negócio muito louco, com 3D no After, movimentos surreais de câmera, e no fim, uma revelação incrível. Acabou que a parte mais empolgante, o 3D, não foi aprovado. Mas, o resto foi. Tá, os movimentos de câmera não são tão surreais, e não tem nem um joguinho de foco, mas a revelação da casinha é bonita, vocês têm que admitir.

Foi um trabalho complexo, com direito a re-fazer tudo, pelo menos duas vezes, e desenvolver criatividade singular para adaptações na imagem, sem esculhambar a visão geral da coisa. Tá, teve uns toques leves de 3D, e uma relação saudável com o Illustrator.

As casinhas ficaram bem diferentes, né? Pensem que para cada desenho diferente, eu tinha que recriar TODA a animação. Não dava pra aproveitar nada, só a noção das cores mesmo, e o papel de fundo. A primeira (que na verdade é segunda) versão – essa aí em cima – ficou pronta com folga de três dias pro prazo. Levei bem uma semana fazendo. E aí o bicho pegou, e a versão definitiva – abaixo – teve que ficar pronta nesses três dias, toda reestruturada.

“E o que isso tem a ver com o resto da existência, Tito?” – Ah, eu tava pensando sobre a abertura, e os conceitos para a Receita de Novela Mexicana, e muito do que já tá pronto segue mais o estilo original que eu esperava da Casa da Vida. Tem um monte de mudanças de foco, e uma mansão inteirinha, construída numa comp tridimensional. O jardim tá sendo criado, mas o que tem já tá muuuito bonitinho. Meio rápido, porque o roteiro é longo, mas bonitinho. Aguardem, e verão (ou rirão?).

Day-to-Day

There’s No Place Like Home.

October 30, 2010

De todas as vezes que volto para Salvador, eu sempre consigo esquecer como as coisas funcionam por aqui. A comida boa, o calor absurdo (e consequentemente a ausência de frio), passeios de carro com minha mãe, os gatos que deitam por cima das pessoas enquanto elas dormem, e te seguem pra qualquer lugar, miando, os amigos – todos loucos – e os planos breves de uma viagem que não costuma durar nem cinco dias.

Cheguei aqui na quinta, já comemorando a inexistência de horário de verão. Em Salvador o dia nasce às 4h20, e o sol desce às 17h. A brisa é constante, mas sempre quentinha, nunca chegando nem perto das rajadas congelantes de São Paulo, e o silêncio é maravilhoso (palavras de quem, em São Paulo, tem uma janela para a Rua Augusta).

Nessa vida pacata de descanso soteropolitano, passei o dia ontem fazendo captações de som pro Operário em Construção, que decidimos dar partida na produção. Logo eu, uma pessoa tão… “imagem”, fazendo captações de som. E foi divertidíssimo, com direito a comentários “esse facão arrastando na pedra parece o som de um cabo de aço!”… Quero só ver o que a May vai fazer na hora de montar isso!

Enfim, hei de partir, porque tá muito cedo (acabou de dar 5h), e quero ler umas coisas antes de Diego aparecer por aqui.

Day-to-Day

[PITCHING] Nora.

October 27, 2010

“Nora” é uma série baseada no personagem homônimo, da peça Casa de Bonecas, de Ibsen. A primeira temporada começa com os eventos da peça, e a partir do segundo, já começa a caminhar de maneira mais independente. Acompanhamos o dia a dia de Nora em sua tentativa de ganhar experiência, vemos ocasionalmente as interferências do estranho misterioso, que perto do fim da temporada descobriremos que era Rank, e ele morre, por conta de sua doença. Vemos o desenvolvimento de Helmer, com as crianças e a babá, sempre tentando reatar com Nora, e ocasionalmente temos a aparição de Kristina Linde e Krogstad.

A ambientação e estilo musical são constantes, e temos pelo menos uma performance musical por episódio. O clima de drama com toques de comédia se mantém constante. A primeira temporada tem 12 episódios. Um a cada duas semanas, durante um semestre.

Segundo Episódio

O segundo episódio da série começa a partir do instante exato em que Nora sai pela porta de sua ex-casa, deixando Helmer para trás. Ainda arrebatada por sua determinação, ela começa a caminhar no frio. Já é tarde da noite e as ruas estão desertas. Sua coragem não é tão grande assim, e ela decide ir até a casa de Linde, para continuar sua jornada pela manhã.

Ela bate na porta do albergue, e ninguém atende. Ela insiste com tanta determinação que um homem abre, e ela pergunta onde fica o quarto de Linde. Acorda a amiga, e pede para passar a noite ali. Linde exige explicações e Nora então conta o ocorrido. Linde fica preocupada, diz para ela não exagerar nessa reação , insiste para ela voltar para Helmer, mas Nora está impassível. Linde admira sua coragem, apesar de não concordar com seus motivos.

Pela manhã, Nora pega o trem para sua cidade, onde decide que vai recomeçar a viver, de fato. Chegando lá, é questionada sobre seu retorno, mas se esquiva de maiores justificativas afirmando que a família está se mudando para outro país, e ela veio arrumar as coisas da herança de seu pai. A herança, só ela sabe, é o casebre isolado onde o velho morava, e agora passa a ser sua casa. Ao longo do episódio, vemos ela se desentendendo com muitas coisas da casa. Arrumação, cozinhar – constantemente queima a comida -, e deixa tudo sempre bagunçado.

Acompanhamos uma série de tentativas de arrumar emprego. Ela tenta ser secretária, mas é recusada, procura vaga como governanta, mas também tem o emprego recusado. Ambos os patrões exigem alguma experiência anterior. Em meio a essa busca, saímos do foco em Nora, e vamos para o bar da vila, onde um Homem Misterioso – vestindo um sobretudo pesado, chapéu, botas e cachecol – oferece uma soma considerável de dinheiro, e algumas informações sobre Nora, para o dono do estabelecimento, Sr. Charles.

Assim que o estranho sai pela porta dos fundos, Nora entra pela da frente, se voluntariando para o serviço de costureira das roupas das dançarinas. Sr. Charles olha para ela, pergunta seu nome, se ela tem experiência, compara com o papel que lhe foi passado pelo estranho, e a aceita. Nora fica exultante, pois finalmente conseguiu cumprir seu primeiro objetivo em viver. Ter um emprego.

Já no trabalho, ela conhece Holly, uma das dançarinas. Logo na primeira noite, ao sair do expediente, quase pela manhã, vê Holly ao longe, no beco que fica ao fundo do bar, conversando com o tal Homem Misterioso. Pouco depois de Nora aparecer, o estranho olha para ela, não vemos seu rosto, ele se despede de Holly e parte.

Vemos Helmer chegando em casa, coberto de neve, tirando o sobretudo, chapéu e botas. Ele abraça as crianças, elas perguntam pela mãe. Helmer responde que Nora vai passar um tempo fora, mas que tudo vai dar certo para ela. Surge a suspeita: será que ele é o homem misterioso?

Voltamos para Nora, ela vai ficando mais próxima de Holly. Recebe o pagamento por sua primeira semana, fica muito decepcionada. O dinheiro é muito pouco para ela, que sempre gostou de se vestir bem, de não ter que economizar até o último centavo. Ela começa a bolar um plano para subir no emprego. Temos uma montagem entrecortada alternando Nora e seu plano, e Helmer concentrado no seu trabalho, no escritório. Ele sempre tem dinheiro por perto, e quando amanhece, ele fecha uma mala cheia, e sai. Nora vai se deitar, em seu casebre, por pouco não passando frio.

Na noite seguinte, chegamos ao bar junto com Holly. Ela vê Nora conversando com Sr. Charles, e vai para o camarim, se trocar. Enquanto está lá, Charles chega e a acusa. “Como você pode esconder isso de mim, Holly? Sabe o que significa para sua carreira? A partir de amanhã você não deve mais voltar para cá”. A garota fica perplexa, mas Charles não lhe dá oportunidade de falar nada. Nora está estranhamente alegre.

Na noite seguinte, Nora é que se veste de dançarina. Ela sempre soube dançar, não é mesmo? Agora, com esse emprego, e consertando as próprias roupas, ela ganha um bocadinho a mais de dinheiro, além de ter um lugar de destaque, nem que seja por algumas horas. Temos a performance dela, e numa das suas pausas, vamos para o breve flashback para sua conversa com Sr Charles, onde ela acusa Holly de estar grávida, e apontar o encontro da garota com um rapaz, no beco atrás do bar. O episódio termina com um afastamento da câmera, que sai do palco e vai até um canto escuro do bar, onde vemos, o Homem Misterioso apreciando o espetáculo. Em cima da mesa, há uma mala fechada. Só conseguimos reconhecê-lo por conta da roupa. Não é possível ver seu rosto. Ao fim da música, ele sai e deixa a mala, com um guardanapo escrito “Para a garota cotovia”.

Day-to-Day

Modernidades.

October 25, 2010

A vida não cansa de me mostrar que eu não preciso de um celular bom. O atual agora desliga e religa sozinho, travando na tela inicial. Ah, uma beleza. Tô quase incomunicável, qualquer coisa mais urgente, mandem emails!

Day-to-Day

[JOB] Final Feliz.

October 24, 2010

Por onde começar? Ah, sim, pelo concurso. Toda essa coisa de Cinemark começou no ano passado, com o surgimento do “O Brasil Em Cartaz”, concurso promovido pelo Cinemark com objetivo de incentivar o público a assistir e valorizar o cinema nacional. O processo de escolha é vai na linha: todos enviam roteiros até uma data limite – roteiros são lidos e analisados – roteiro é escolhido. O roterista fica riquinho (R$10 mil) e ganha mais uma grana pra produzir seu filme (R$30 mil). No ano passado, a vencedora foi a Camila, com Menu.

Cinemark 2009 – Menu

O fato de ela ter ganho o concurso no segundo ano gerou o maior rebuliço dentro do CTR, uma vez que é voltado para alunos do terceiro ano em diante e, apesar das complicações, os professores ajudaram no que puderam. Dessa vez, oficialmente o CTR anunciou que não ia apoiar alunos do segundo e primeiro ano, caso eles ganhassem. Particularmente, acho uma sacanagem, mas, enfim. Foi publicada uma lista dos dez roteiros finalistas, sendo que seis eram do CTR. Não acredita? E agora, já acreditou? Por fim, como o título do post já entregou a surpresa, a vencedora foi a Bia, com Final Feliz.

Bia, agora muito mais RY-CA!

A correria começou logo depois de o resultado ser anunciado, quando os caras exigiram o filme pronto e entregue nessa Segunda (25/10). O plano original era de ter filmado na virada de Sábado pra Domingo (16-17/10). Já tínhamos muitos figurantes confirmados, listas de equipamento, storyboard, cronograma, enfim, só faltava o dinheiro do prêmio e as confirmações pelo próprio Cinemark. Até o fim da Sexta, nada disso tinha aparecido e as filmagens foram adiadas para a virada de Terça para Quarta. Deu problema de novo e dessa vez eles insistiram em que a gente filmasse de Quarta para Quinta. O pior dia para todos os envolvidos na produção.

Como é que consegue um monte de figurante pra virar uma noite no shopping Market Place, no MEIO da semana? É só alugar seus calouros! Na Quinta seria a data de entrega da Refilmagem, mas como Angerami (que é o professor da matéria da Refilmagem) estava por dentro das confusões do Cinemark, a Bia conseguiu fazer um acordo com ele e adiar a entrega dos projetos para Segunda. Aí a galera choveu confirmando participação e tínhamos bem umas quinze pessoas figurando nas filas.



Lorena, figurando com muita elegância

Não vou entrar em detalhes da trama porque só tem um minuto, e deve estar nos cinemas muito em breve. Tudo que eu digo é que se passa numa fila. A atriz favorita dos cines retorna, e temos uma dose extra de Mariana!


E o que eu tava fazendo lá? Como o Ricardo e o Lucas estavam fotografando, fui como assistente de câmera, pro Ricardo. A Laura (2009) ajudava o Lucas, que tava responsável pela parte de luz, e o Rudá (das fotos do post anterior) também deu uma grande mão para todos nós.


Como já deve ter dado pra notar no Camerawork, a gente tava rodando com 7D, e tínhamos CINCO delas no set. A minha, a do Ricardo (que era a filmadora oficial), a do Victor (fazendo Making Of, com o Gustavo), a do Nicko (com a Taka, fotografando), e a do Rudá, com ele mesmo, fotografando. De lentes, as tradicionais 18-135mm e 28-135mm, além de duas 50mm f/1.4 e o Ricardo pediu pra alugar a 16-35mm, 24-70mm e 70-200mm, todas da série L da Canon, ou seja, abertura 2.8. Deu confusão no aluguel e ficamos sem a 24-70mm. No lugar dela, veio uma 200mm fixa. Vai entender…


Gustavo, filmando Making Of, meio morto no carrinho.

A previsão era: todo mundo se encontra na Sala de Produção do CTR, 20h, saímos às 21h, comemos no shopping – a Bia contratou um catering maravilhoso! – e começamos a rodar por volta das 23h30. O problema é: 23h30 a gente tava tentando sair da CineVídeo, onde locamos trocentos milhões de equipamentos de luz. Tripés, um pouco mais de tripés, ah, mais uns tripés, enfim, tripés até passar mal, trilhos retos, trilhos circulares, bandeiras, refletores, rebatedores, fios, muitos fios, mais fios, sacos de areia (TRINTA!) e outras coisas que agora já não lembro mais.

O horário-limite para entrar pelas Docas do shopping era 00h. Chegamos 23h59, sério. Entramos com o caminhão, tiramos todas aquelas coisas lá de dentro (foooorça!), fomos colocando no elevador de carga e levando pro Cinemark, usando aquele carrinho que o Gu tava dormindo em cima. Fiz esse caminho bem umas dez vezes, com toneladas de equipamento. Foi pesado. Depois jantamos, enquanto o Lucas ia montando a luz. O salmão tava inacreditável. Por fim, estávamos começando a rodar o primeiro plano às 2h30 da manhã de Quinta

Correndo pra acabar às 6h, antes do nascer do sol, que destruiria nosso setup de luz. Acabamos às 7h30, com um pouquinho de luz natural entrando pela clarabóia do shopping. Desmontamos as coisas, organizamos a saída. No fim das contas, saímos de lá umas 9h30. Enquanto carregávamos os restos de equipamento, iam chegando alguns funcionários do shopping para abrir as lojas. Mal sabiam eles a confusão que tinha se passado ali nas últimas horas. Cheguei em casa umas 10h30, depois de mais de 30h acordado, dormi até cair a noite, e não passei muito mais tempo acordado nessa Quinta.

Num quadro geral, foi deveras divertido, extremamente cansativo e definitivamente valeu a pena! Quando estrear, aviso pra todo mundo ver num Cinemark! Vamos ter até uma Premiere! Uhu!

Day-to-Day

Mulan.

October 23, 2010

Reassisti hoje de tarde, depois de muuuitos anos sem ver. É muito bom, né? Filmes da Disney são sempre bons. Agora tô ouvindo (e cantando) “Vou Vencer”, da trilha sonora, no volume máximo, enquanto arrumo coisas para essa animação do post abaixo. Os personagens finalizados estão ficando tããããão mais bonitinhos!

Mais tarde, pra continuar o clima, acho que vou ver Hércules.