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June 2011

Day-to-Day Tudo AV

Músicas Arraialescas.

June 30, 2011

É de praxe a gente ter músicas escritas e não gravadas. A depender da equipe, aqui no Arraial sai uma música nova por dia. Peixe apareceu aqui um dia de noite, coincidindo com o dia que Dan tava aqui, e pronto, aproveitamos pra montar aquele estudiozinho no escritório e gravamos logo cinco músicas numa tacada só, pra registro e com qualidade. Essa primeira foi o Bolero, no estilo hino de quarto, que nem o que a gente fez na última temporada, só que não só da Comunicação, e sim de todas as áreas.


Arraial [Coordenação] – Bolero da Não Monitoria

Essa segunda é a melhor alvorada de todas. Também obra de Peixe, e que pode ser cantada em qualquer situação. Não tem que não goste dela.


Arraial [Peixe] – Alvoreggae

Na temporada de Janeiro de 2011, Tito (acampante, não eu), desafiou Peixe a fazer uma alvorada para ele, e a obra é essa aí. A gente tem isso filmado, mas só depois de seis meses é que conseguimos gravar o som de verdade.


Arraial [Peixe] – Acorda Tito

Dan explica essa última: Em Janeiro de 2010, teve uma oficina de música nossa com o Serpentina, a música é deles também. Os bastidores foram que Joca, como sempre, me mandou pra oficina de música do nada, com braço quebrado, em cima da hora. Só consegui pensar em “alguém-chama-Peixe-pelo-amor-de-deus”. Enquanto Peixe vinha com a viola, eu, enrolando, estava falando sobre a importância do silêncio na música. Eles estavam incrivelmente atentos, e como a onda era a sonorada, não deu outra. Fizemos e cantamos juntos.


Arraial [Serpentinas, Dan e Peixe] – Deixa o Silêncio Vir

Por hoje é só, pessoal. Depois volto com novas aventuras arraialescas pra vocês se divertirem com esse trabalho de férias que tanto me agrada.

Day-to-Day

Cada Um Carrega a Cruz Que Merece.

June 30, 2011

Jogo aqui do Arraial também. Fizemos TUDO em uma tarde, no melhor estilo Scotland Yard, para ser jogado durante a madrugada, com o grupo dos mais velhos. Tivemos um na temporada passada – O Sol Que Queima e Arde – mas sem tanta produção de material.

No jogo, fui o cangaceiro Timóteo Ferradura, tocando o terror em todo mundo, e fugindo do Delegado Cedilha.


A radioficção foi toda feita em um dia, claro, e propunha interatividade com os pais, mas pelo visto, ninguém se interessou em resolver o crime…

Day-to-Day Tudo AV

Alvorada do Campismo!

June 27, 2011

Compomos, gravamos em canais separados enquanto filmamos tudo em HD, editamos, mixamos e postamos, tudo em menos de 2h. Peixe e Daniel, destruindo tudo no que diz respeito à música de acampamentos!

Arraial [Peixe e Dan] – Alvorada do Campismo

Day-to-Day

Zombie Attack!

June 25, 2011

Tô com vários sets atrasados pra postar, mas estou me esforçando. O fim do semestre coincidiu com uma vinda corrida pra Salvador pro Arraial, e depois voltamos direto pro Paraguaio. Por enquanto, se divirtam com essas fotos do Phipho, que depois eu volto com mais. E com as fotos do Arraial passado!







Day-to-Day

[DOC] Salesman.

June 25, 2011

Para entender melhor o filme dos irmãos Maysles, é preciso estar familiarizado com o contexto histórico de seu lançamento. O ano de 1968 é um ano de transformação em todo o mundo, com a tensão da Guerra Fria, o American Way of Life sendo exportado a torto e a direito, para combater o comunismo. Salesman mostra o lado negativo do mundo dos negócios, discutindo a decadência dos ideais mercantis e o apreço americano pela religião.

Os caixeiros viajantes desempenhavam um ofício ultrapassado, obsoleto, resquício do “american dream” (cada um, por si só, é capaz de garantir seu sucesso e ascensão). No mundo corporativo já era possível lucrar mais com menos gastos, tanto de tempo como de capital.

Salesman é inspirado na abordagem ficcional/real do livro A Sangue Frio, de Truman Capote, que gira em torno de um assassinato real. A forma mais eficaz de criar a narrativa é se aproximar de seu assunto (Paul, nesse caso). É um filme representante do cinema direto. É um drama não-ficcional.

Um pesquisador foi contratado para escolher os caixeiros ideais, e ficaram decididos os quatro que formam o grupo. A apresentação dos personagens ressalta a estrutura narrativa, inclusive com seus apelidos (cada um é um animal), mas os apelidos não são explicados imediatamente. Ao longo do filme, o público divaga sobre eles, até que Paul os explica, ao final.

A montagem ressalta os sentimentos de Paul, mesmo que ele fale pouco. O exemplo mais claro disso é a cena da convenção dos caixeiros, onde Turner vai citando as características dos maus vendedores, e acompanhamos as reações de Paul. Ela se faz clara nesse momento, da mesma forma que quando Paul comenta coisas para a câmera. Ele é o único que faz isso, e definitivamente está falando com a câmera, já que não há mais ninguém com ele no carro. Mas muito da essência da obra vem da própria filmagem, e menos da edição.

Eu, Um Negro e Salesman são fundamentais na subjetividade dos personagens. Só que Eu, Um Negro é subjetivo a partir das interpretações dos personagens e Salesman porque Paul Brennan deixa seus pensamentos e sentimentos transparecerem para a câmera, sem que ele mesmo perceba. Posteriormente ao filme, ele confirmou os sentimentos mostrados pela câmera, surpreso com a transparência dos mesmos ao longo do filme. Esses medos de Paul ampliam a identificação do público com o protagonista.

Os Maysles não deram atenção especial para o lado artístico do filme, recorrendo a uma fotografia mais discreta, não procurando belos planos e composições – “planos de perfumaria”, sem função narrativa, apenas estética – eles estavam mais interessados no que as imagens contavam, e não em derivações e múltiplas interpretações a partir da película. Nesse aspecto, ele se aproxima de Primary e Don’t Look Back, mas se afasta, logo em seguida, pois não acompanha uma personalidade pública, famosa, e sim pessoas comuns.

Um dos pontos que permite maior debate sobre o filme é: ele teria funcionado se Paul não tivesse passado por essa crise ao longo das gravações? Afinal, ele é o personagem principal, a linha guia da obra! Sua estrutura mistura o dia-a-dia dos quatro, a conferência em Boston, as tentativas de venda e, especialmente, Paul.

Por fim, um dos símbolos máximos do filme são as portas. Elas representam a construção de uma conexão, e na maioria das vezes, o que Paul encontra são portas fechadas.

O filme deseja tratar da falência do “american dream”. Todo o tempo, Paul parece tentar se aproximar das pessoas – na última casa, por exemplo, ao invés de se concentrar na venda, ele presta atenção e brinca com a criança. Mas esse  vínculo é impossibilitado pelas relações criadas pelos negócios. Eles estão sempre representando, quando tentam fazer uma venda. A linguagem dos negócios acaba com a identidade das pessoas. Se eles fracassam, a culpa é inteiramente individual.

Day-to-Day

[Imagem III] Relatório Final.

June 19, 2011

Depois de fazer uma descrição breve do que pretendíamos e tentaríamos nos ETS que iríamos fotografar, o Joel pediu um relatório comparando as expectativas com os resultados, e como as imagens foram alcançadas. Vamos a ele, sim?

Partindo da proposta de uma fotografia ao estilo Cisne Negro, acho que chegamos bem perto do que procuramos. Para construir o clima, usamos a PL, o foco de 200w e, principalmente, a lanterna chinesa, que foi nossa luz principal em quase 80% do filme. Também tivemos uma luminária pequena na mesa, e a luz azul do monitor, amplificada pela própria PL daylight.

Em parceria com as diretoras (May e Bárbara), a decupagem foi estruturada de forma a colaborar bastante com a proposta de fotografia, das distorções causadas pela lente, e câmera na mão. Fizemos um teste de luz uma semana antes da captação que foi muito bom para tirar as idéias da cabeça e colocá-las em prática. Colaborando com o clima (e com a idéia original), conseguimos usar pouca luz e socar a ISO para cima (18dB), diminuindo contrastes e ganhando uma imagem bastante granulada, como queríamos.

No plano de aparição da Dona Edith, queríamos apenas sua silhueta, coisa obtida com testes anteriores e apresentada no clipe. Para criar o efeito, usamos o fundo infinito do estúdio, com o foco de 200w apontado para ele, e a personagem na frente. Como era uma porta, fomos ao CAC caçar a porta em si, e cobrimos as laterais com grandes pranchas de madeira fina encontrada na cenografia do próprio CTR.

O plano seguinte é a sua apresentação, onde temos uma câmera quase subjetiva, com a lente bem angular, na qual ela se aproxima até a mesa onde o personagem (câmera) está, aumentando vertiginosamente de tamanho, e sendo iluminada pela chinesa, que representa a luz do quarto. Para preencher o fundo e detalhar a parede, a PL, corrigida para tungstênio foi mais que eficiente.

Mais adiante, tínhamos um plano que era um travelling circular começando na frente dos personagens e indo até suas costas. Como a chinesa ficava bem em cima da mesa que era o palco central da ação, tínhamos que desviar do tripé, e a única forma que encontramos de fazer isso foi passando a câmera de um para o outro. Eu fiz a primeira parte do giro, e depois, o Plínio terminou o movimento do outro lado do tripé.

Nossa referência seguinte, para o momento seguinte à queda de Marcelo, era a Pietá, de Michelangelo. Para fazer a luz na mãe já abraçando o filho, usamos a chinesa diretamente sobre eles, mas sustentada por um cabo de vassoura, ao invés do braço extensor, para a entrada da mãe, colocamos a garra jacaré, com o braço extensor e o Omni por cima da porta, criando a sombra da mãe no chão, enquanto o 200w continuava fazendo a luz de fundo de silhueta.


O vertigo-shot foi onde tivemos o maior desafio, porque envolvia movimento de câmera (travelling in) e de lente (zoom out). Para o travelling, usamos uma cadeira do LMA, empurrada com velocidade. Foram necessários dezenove takes até acertarmos o efeito. Começamos errado, com pouca distância entre o ator e a estante de livros.

A idéia do efeito era justamente aumentar a distância aparente entre ele e a estante, portanto, como a distância real já era pequena, o efeito era imperceptível. Portanto, tivemos que começar o plano bem mais de longe, e ele caía bem afastado da estante. Ainda assim, o take definitivo ficou rápido demais, e desaceleramos a ação na pós produção, pois é um momento muito dramático.


Em termos da fotografia do filme em geral, gostei bastante do resultado, que funcionou de acordo com o planejado. Não tivemos imprevistos, e o máximo que tivemos que improvisar, no dia, foi o Omni por cima da porta para melhorar o desenho de luz no chão.

Day-to-Day

Muletas Experience CC.

June 10, 2011

Algumas coisas experimentais do Muletas. Planos sem corte, correções de cor e previews. Em breve, relatório de fotografia completo, comparando o que queríamos e o que conseguimos.





Travelling Manual Circular!

Pietá

Vertigo Shot!