Anamorphic Day-to-Day Tudo AV

[Anamórficos VII] Play Time!

October 11, 2012

Com a chegada do Iscorama M42 e de algum tempo livre entre jobs intermináveis, consegui chances de testar as lentes em campo. Filmamos os dois últimos documentários da OLD com elas. O do Juvenal Pereira já tá online e vocês podem assistir logo abaixo.

Como foi a primeira experiência, encontrei alguns problemas mal-calculados – rodamos com uma 38mm combinada com o LA7200 e uma 135mm com o Kowa – descobri então que a imagem do Panasonic tinha ficado meio sem definição, porque a iris estava muito aberta, e descobri também que o Kowa tem uma distorção insana em closes e lentes mais abertas. Não testei mais a fundo, mas notei isso quando combinei ele com a 58mm e ficou parecendo uma olho de peixe no centro, e uma grande angular invertida nas bordas (curvatura para dentro, e não para fora, como o tradicional). Bizarro, de fato. Então, taquei o sharpness lá em cima no After e seguimos adiante.

Além disso, como filmamos com dois stretches diferentes (1.33x no Panasonic e 2x no Kowa), alguma coisa das laterais do Kowa seria perdida, pois o quadro final seria Cinemascope (2.4:1). Isso também foi meio no chute, e dediquei algumas horas nessa semana trabalhando numa solução: cropmarks anamórficas para o MagicLantern, englobando TODAS as combinações possíveis de stretches. Como sou um camarada do open source, o link pra download tá aqui.

DOWNLOAD – Cropmarks Anamórficas para ML

Os nomes dos arquivos são um pouco confusos a princípio, mas depois eles fazem sentido. O primeiro número é a proporção de tela do vídeo final – determinada por um valor de esticamento. 1,33x, 1.5x ou 2x. O segundo número é o fator de esticamento da lente em uso. No caso, se eu estiver filmando com um Isco (1.5x) e um Kowa (2x), e o formato final de tela for Cinemascope (1.33x), com o Isco eu uso a cropmark chamada 1.33x-1.5x, pro Kowa, 1.33x-2x. Fez sentido? Existem até cropmarks para simular esses aspectos de tela em lentes comuns, esféricas. São os de nome terminado em “norm”.

E é claro que antes de postar isso aqui pra todo mundo, eu tinha que testar e ver se dava certo, né? Foi isso que fiz com o documentário da OLD que deve sair no começo da semana que vem, com o Alexandre Schneider. Filmamos com o Isco, combinado com uma 200mm, e o Panasonic, combinado com a mesma 38mm do Juvenal, mas dessa vez ao ar livre, e com a iris muito mais fechada. A proporção de tela final desse vai ser de 2.66:1, que é o formato nativo do Iscorama, portanto, na câmera com o Panasonic, fechei o quadro usando as cropmarks.

Além desses dois usos mais públicos, passei o fim de semana brincando com o Isco no set do TCC Diários do Apocalipse. Algumas fotos – repetidas e novas – vocês podem ver abaixo. O triste é que o bichinho tá quase cego de tanto arranhão no elemento frontal. Parece muito que é uma lente com catarata – o que é um problema para externas diurnas, mas totalmente trabalhável para internas, ou noturnas, ou estúdio. Depois falo mais sobre ele.









De forma geral, o post é só pra provar que elas podem – e vão – ser utilizadas no mundo, e não só em testes! Tô com um projeto pessoal – totalmente pessoal mesmo, à lá Insight – pra usar as de stretch 2x. Além disso, com algumas dicas do Nicko e ferramentas do Scavone, comecei a modelar pecinhas que vão tornar as lentes mais trabalháveis, mas disso eu falo logo mais.

Além de tudo, agora tenho uma coluna na OLD, para falar de tudo quanto é experimentação que passar no caminho. A desse mês é sobre as anamórficas, claro, mas pro mês que vem, teremos algo diferente na jogada.

  • Ferradans. · Ultimamente February 28, 2013 at 9:51 pm

    […] TCC do Leo, websérie de Zumbis, da qual participei da assistência de foto, e tem até umas fotos nesse post aqui. Nesse promo, o Leo e o Diego juntaram uma galera famosa no youtube, que ganha a vida com isso […]